O Diablo era um modelo ~desportivo da Lamborghini que foi produzido entre 1990 e 2002. O nome Diablo ("Diabo" em espanhol), como é tradição da Lamborghini,
vem de um touro consagrado nas touradas, que lutou com o toureiro "El
Chicorro", em 11/06/1869. Seu desenvolvimento iniciou-se em 1985,
projetado para ser o sucessor do famoso Countach, mas entrou no mercado apenas no início de 1990. Assim como seu antecessor, o motor do Diablo
era um V-12 5.7L (que produzia 492 hp) montado entre os eixos atrás da
cabine, a tracção era traseira e o câmbio tinha 5 marchas. Com esse
conjunto mecânico, o Diablo alcançava 325 km/h e demorava cerca de 4 segundos para atingir 100 km/h.
Ao contrário do que ocorre em super-esportivos dessa classe, o
acabamento era um de seus pontos fortes. Os bancos podiam ser
encomendados de acordo com as medidas do comprador e tinham várias
opções de regulagem, os vidros tinham acionamento elétrico e desciam até
o final, havia condicionador de ar e os materiais utilizados no
habitáculo eram de primeira qualidade, o revestimento de couro tinha as
cores personalizadas pelo próprio comprador. Dentre os opcionais,
destacava-se o aerofólio traseiro e relógio Breguet, que dava um toque de classe ao painel. O sistema de som Alpine reproduzia fitas-cassete, o CD-player era equipamento opcional, juntamente com um subwoofer.
Em 1993 chegava a versão VT, com tração integral, direção hidráulica, novos freios da italiana Brembo e novo sistema de suspensão com amortecedores Koni controlados eletronicamente, essas modificações deixaram o Diablo um carro mais fácil de controlar, ao mesmo tempo em que melhoravam seu desempenho, porém ainda faltava o sistema de freios ABS.
O painel foi redesenhado, ficando mais prático e bonito, porém perdia a
opção de regulagem em altura que acompanhava a direção. No salão de Genebra de 1992 a Lamborghini apresentou a versão roadster do Diablo, porém sua produção iniciou-se 3 depois.
Uma versão limitada, chamada de SE30 foi lançada em 1994, em comemoração dos 30 anos da Lamborghini, foram produzidas 150 unidades desse modelo, que era provido de tração traseira. Em 1995 era lançado o pacote Jota da versão SE30,
cuja principal alteração era o câmbio de 6 marchas, as duas tomadas de
ar sobre a capota e o motor preparado que produzia 595 hp, contra 523 hp
do original, foram produzidas 28 unidades do SE30 Jota. Tanto o SE30 quanto o SE30 Jota
não vinham com ar condicionado e CD-player, os bancos eram feitos em
fibra de carbono e não havia o sistemas de tração integral e suspensão
eletrônica do VT, tudo isso para diminuir o peso do carro, mesmo assim a Lamborghini dotou-os com suspensão regulável manualmente. Os discos de freio foram redimensionados, mas ainda não havia freios ABS.
A versão SV foi lançada em 1997, e era apenas um pacote de
opcionais sobre o modelo básico, era desprovido dos sistemas de tração
integral e suspensão eletrônica do VT e vinha de série com um
aerofólio ajustável, tomadas de ar na capota, um novo para-choque
dianteiro e o motor produzia 510 hp, também era possível acrescentar a
inscrição SV nas laterais. O modelo 1999 abolia os faróis
escamoteáveis, presentes desde o lançamento e adotou faróis de lentes
lisas, essa alteração gerou controvérsias entre os consumidores. A
versão SVR era uma preparação para competições do SV, com
peso aliviado devido ao acabamento bem espartano, era visível algumas
alterações na carroceria para melhorar a aerodinâmica e que prejudicaram
o design, dentre as quais destacavam-se os faróis que pareciam entradas
de ar, os spoillers laterais e dianteiros, as janelas em acrílico, o
aerofólio de competição a as rodas aro 18 grafitadas. Algumas unidades
foram convertidas para serem usadas como carro de passeio.
Em 1999, o Diablo já não era mais uma referência em design e
performance como em outrora, algumas soluções adotadas no projeto
original resultavam em perdas no desempenho, a principal delas era os
faróis escamoteáveis, que apesar de serem bonitos provocavam um enorme
arrasto aerodinâmico quando estavam ligados. Para sanar este problema a Lamborghini
passou a adotar a partir de 1999 os convencionais faróis de lente lisa,
solução esta que prejudicava o design em prol da performance. No VT,
tanto roadster quanto o coupé, receberam os novos faróis, além de novas
rodas e uma reestilização na traseira. Mecanicamente o VT
recebeu novos freios redimensionados e o tão sonhado sistema ABS, no
motor foi introduzido um comando de válvulas variável, com isto a
potência subiu para 529 hp. Após um ano de produção a Lamborghini abandonou a produção do VT. Já o SV recebeu as mesmas atualizações do VT e assim como este foi produzido apenas como modelo 1999, uma série limitada do SV foi produzida em 2000, apenas na cor prata.
Se o SV parecia um carro de corrida, o Diablo GT parecia ainda mais. Um novo pára-choque
dianteiro com detalhes em preto foi adotado, assim como uma enorme
entrada de ar na dianteira, entradas de ar sobre a capota e um novo
aerofólio, estas soluções auxiliavam na refrigeração do óleo e dos
freios, além de auxiliar na aerodinâmica. Sua carroceria era feita
basicamente em fibra de carbono, assim como o interior, que vinha com
bancos e volante esportivos, acabamento em couro e fibra de carbono
aparente, o ar-condicionado era mantido como equipamento de série
enquanto os tão necessários airbags eram apenas opcionais. O motor teve
sua cilindrada aumentada para 6.0 litros, gerando uma potência de 575 hp
e o câmbio era de 6 marchas, exclusivos freios com ABS foram
utilizados. No total foram produzidas apenas 80 unidades deste modelo,
além de mais 40 unidades da versão GTR, que era ainda mais radical e foi projetada exclusivamente para o mercado japonês.
Enquanto o substituto do Diablo não saía a Lamborghini deveria oferecer ao mercado um produto atualizado da versão VT, por isso foi lançado o VT 6.0. Esta era uma reformulação do antigo VT,
vinha com novos para-choques, entradas de ar, rodas, além de alterações
minoritárias na traseira e no interior. O motor era basicamente o mesmo
do utilizado pelo GT. Esta foi a ultima versão do modelo que foi
descontinuado em 2002 e que para muitos é considerado o mais belo
"Lambo" já produzido.
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