domingo, 11 de maio de 2014

Chevrolet Omega



Opel Omega
Omega foi um automóvel de luxo produzido pela General Motors no Brasil, Europa (sob o nome Opel) e Austrália (pela Holden). Inicialmente, o Omega foi lançado em 1986 pela Opel, uma subsidiária da General Motors na Alemanha, tendo sido produzido na fábrica de Rüsselsheim até o ano de 2003 e exportado para vários países em todo o Mundo, inclusive sob as marcas Vauxhall, Lotus e Cadillac. Em 1992 foi apresentado ao mercado brasileiro pela Chevrolet, produzido pela montadora na cidade de São Caetano do Sul, estado de São Paulo.


Seu lançamento introduziu muitas tecnologias inexistentes nos demais carros daquela época. Dentre suas inovações, destaca-se o bom desenho aerodinâmico, a performance, a segurança, o conforto e a qualidade empregada no acabamento. Tais qualidades conquistaram o prêmio Carro do Ano pela Revista Autoesporte em 1993, Prêmio O Eleito do Ano, Revista Quatro Rodas de 1993, o Good Design Award no Japão, em 1986, 1987, 1988 e 1989, pela sociedade Car of the Year em 1987, pela revista australiana Wheels Magazine em 1997 e 2007, o Golden Snowflake de Design Avançado na França em 1987, e vários outras premiações na imprensa. A Chevrolet tinha como meta, continuar o mercado do Opala, um carro desenvolvido a partir da carroceria do Opel Rekord C de 1966 e encontrava-se em produção desde 1968, após uma série de adaptações. A primeira geração, Omega A, foi produzida na Alemanha até 1994, e no Brasil até 1998. A versão introduzida no Brasil em 1992 era a que estava para ser aposentada na Alemanha, dando ao Omega alguns anos de sobrevida. Essa estratégia de introduzir modelos decadentes no 1º mundo em paises emergentes continua sendo utilizada pelas grandes montadoras.


A segunda geração, Omega B, foi lançada na Alemanha em 1994, não chegou a ser vendida oficialmente no Brasil, embora algumas unidades tenham sido importadas por empresas independentes. Em 1999 passou por um face-lift para o mercado Europeu, prorrogando suas vendas até 2003, quando foi dada por encerrada a sua produção. A segunda geração introduzida oficialmente no mercado brasileiro, em 1998, viria a ser produzida pela Holden, uma subsidiária da General Motors, com fábrica localizada na cidade de Elizabeth, na Austrália. O modelo vendido no Brasil era referente ao Holden Commodore VT australiano, o qual compartilha da mesma plataforma do Omega B alemão. Manteve-se com vários aprimoramentos até o ano de 2007, correspondentes aos modelos VX, VY e VZ do Commodore australiano. Em 2007, houve uma reestruturação geral do modelo, utilizando a plataforma Zeta, um chassi moderno, inteiramente novo. Este modelo foi produzido na Austrália como Holden Commodore VE até o ano de 2013, mas comercializado no Brasil com a marca Chevrolet somente até o ano de 2012.


Em 1992, o carro grande da General Motors do Brasil era o veterano Chevrolet Opala. Fabricado no país desde 1968, com base no Opel Rekord C alemão e na mecânica do Chevrolet Nova norte-americano. O desenvolvimento de um sucessor do Opel Rekord e Senator na Alemanha começou no Outono de 1981. Ao custo de 2,5 milhões de marcos alemães, o maior valor já investido pela Opel até aquele momento, o Omega foi apresentado como o Carro V, um veículo inteiramente novo, com uma plataforma nova, espaço para cinco ocupantes e com motor longitudinal e tração traseira. A criação do seu desenho levou mais de 1400 horas de estudos em túneis de vento com maquetes em escala e modelos em tamanho real nos estúdios da Opel Design Center, Universidade Técnica de Stuttgart e Pininfarina, na Itália

O Opel Omega A veio a ser apresentado ao mercado europeu em 1984, onde manteve-se em produção até 1994, ao ser substituído pelo Omega B. No Brasil, em 1992, diante da concorrência de outros automóveis de luxo como o Toyota Camry ou Honda Accord, a GM apresentou o Omega. Com projeto identificado como 1700, baseado na Plataforma V já utilizada pela Opel na Alemanha. O novo modelo da marca chegava às ruas 25 meses depois da decisão de sua fabricação. O Chevrolet Omega foi lançado no Brasil em agosto de 1992, já como modelo 1993, nas versões sedã e station wagon sob o nome Chevrolet Suprema.


Com 4,74 m de comprimento e 2,73 m entre os eixos, o veículo chegou ao mercado com duas opções de motorização e de acabamento: GLS (Gran Luxo Super) com motor 2.0, e a CD (Comfort Diamond) com o motor 3.0 de seis cilindros em linha importado da Alemanha, fornecido pela Opel. Ambos os modelos com motores montados em posição longitudinal e tração traseira. O motor 2.0 de quatro cilindros e oito válvulas do GLS era o mesmo motor "Família 2" utilizado nas linhas Monza e Kadett, entretanto, vinha equipado com injeção eletrônica multiponto Bosch Motronic, de processamento digital e sensor de detonação (na versão a álcool), e sensor de oxigênio no escapamento. Rendendo 116 cv de potência, permitindo alcançar 190 km/h de velocidade máxima e gastava 12,65 segundos para atingir 100 km/h na versão a gasolina partindo da inércia.

Ainda em 1993, a GM apresentaria o Omega GLS 2.0 a álcool, proporcionando um aumento de potência e performance neste modelo. A nova potência divulgada era de 130 cv e, segundo testes da imprensa, o veículo era capaz de acelerar de 0 ao 100 km/h em 11,11s e atingir 199 km/h de velocidade final. O 3.0L de seis cilindros possuía comando de válvulas no cabeçote, fluxo de admissão e escape do tipo reverso, e tanto o bloco como o cabeçote são compostos de ferro fundido. Desenvolvia 165 cv de potência e levava o modelo de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. À este motor, era oferecido de série câmbio manual de 5 marchas (o primeiro com marcha a ré sincronizada), e, opcionalmente, câmbio automático de quatro marchas 4L30-E, com três programas de funcionamento (normal, "sport" e anti-patinação). Além disso, o carro alcançava 222 km/h (212 km/h com câmbio automático) em testes da imprensa na época. Um dos poucos carros que quebravam a barreira dos 200 km/h.


O Omega, em seu interior, era destacado por amplo espaço para os passageiros. Os cinco ocupantes podiam ser bem acomodados nos bancos (com revestimento de couro disponível opcionalmente a partir de 1995), detalhes como computador de bordo, painel de instrumentos digital em cristal líquido, ar-condicionado e teto-solar elétrico, controle automático de velocidade, vidros elétricos com função um-toque integral, retrovisores elétricos com desembaçador e retrovisor interno fotocrômico. O Omega também oferecia um sistema de áudio jamais visto em outros modelos, onde havia dois aparelhos separados, um toca-CD e um toca-fitas Cassete, devidamente dotados de amplificador de potência. Como itens de segurança, freios ABS e caso houvesse um acidente, luzes internas e pisca-alerta eram ativados automaticamente. Soluções para a aerodinâmica e o design está presente em muitos detalhes, como frente em cunha e sem anexos, palhetas do limpador dos vidros escondidas sob o capô, janelas laterais rentes à carroceria e que correm pelo lado de fora, em uma espécie de trilho, maçanetas totalmente embutidas e caimento suave da traseira. Tudo isso fez o carro ter um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,30 (0,28 na Europa).


Uma nova suspensão independente de braços semi-arrastados foi desenvolvida para a plataforma do Omega, ao contrário das suspensões de eixo rígido comuns à maioria dos modelos dessa configuração, inclusive do Opala. Na dianteira, suspensão McPherson, com amortecedores à gás nas versões de seis cilindros. Graças a tração ser nas rodas traseiras, há a vantagem de se permitir maior capacidade de esterçamento das rodas dianteiras, facilitando consideravelmente as manobras em espaços pequenos. A versão station wagon do Omega, batizada de Suprema, viria a ser lançada em abril de 1993, e teve uma vida curta, mantida em produção até o ano de 1996. Podia levar 540 litros de bagagem. A tração também era traseira e a suspensão contava com um sistema de nivelamento pneumático constante que deixava a traseira da perua sempre na altura correta, independente da quantidade de carga no seu porta-malas. Em 1994, foi lançada uma série limitada do Omega batizada de Diamond, tinha acabamento GLS, equipada com o motor 3.0 L. Surgiu também a versão GL, uma versão mais despojada, que trazia um acabamento mais simples, normalmente dotado de motor a álcool, dedicada aos frotistas e taxistas. Neste mesmo ano o Omega sofria uma reestilização completa na Europa. 

A partir de 1995, a linha recebeu novos motores 2.2L de quatro cilindros e 4.1L de seis cilindros em linha, em substituição aos motores 2.0L e 3.0L, respectivamente. O motor 4.1i em sua essência é o mesmo do Opala, mas com aperfeiçoamentos tecnológicos que o aumentaram o seu rendimento, com maior suavidade e menor consumo, em comparação ao motor que equipou o Opala Diplomata SE 4.1. Projetado pelos engenheiros da Lotus, as peças tiveram o peso reduzido, o cabeçote recebeu dutos de admissão e escape individuais e a injeção eletrônica entrou em cena. Com isso o novo propulsor passou a desenvolver 168 cv de potência, e o torque ficou em 29,1 kgfm a 3.500 rpm. Seria utilizado na versão de topo CD, mas os modelos com o acabamento GLS também receberam esse propulsor.


A substituição do motor de 4 cilindros foi motivada pela falta de força em baixas rotações do motor 2.0 diante dos seus 1.350 kg, relatada pelos clientes. Agora o motor se transformava para 2.2 com o aumento do curso dos pistões. O torque, que era de 17,3 kgfm subiu para 20,1 kgfm a 2.800 RPM. A potência continuava inalterada. Já o motor 4.1i foi mantido em produção devido ao encerramento da produção do motor 3.0, pela Opel, na Alemanha. Por lá, a nova geração, Omega B passava a utilizar um moderno motor batizado ECOTEC MV6, um 3.0L com 24 válvulas de 210 cv e 27,4 kgfm de torque. Também para o ano de 1995, o acabamento na versão CD também foi melhorado em alguns detalhes: apliques que imitam a madeira nas portas e no console do câmbio, bancos de couro opcionais, novas rodas com design mais charmoso (popularmente conhecidas como Powertech), lanternas traseiras fumê, e um discreto aerofólio na tampa do porta-malas.


Para o ano de 1998, último ano de fabricação do Omega no Brasil, a Chevrolet preparou o que pode ser considerada uma série especial de despedida, com alguns itens exclusivos: Rodas com desenho esportivo, novos logotipos e emblemas, painel com tipografia diferenciada e iluminação em tom verde, tecla para travamento central das portas, sistema de proteção de sobrecarga elétrica, e alguns pequenos ajustes no motor para reduzir o consumo. A última unidade do Omega fabricada no Brasil, esteve cedida pela General Motors para exposição no Museu da Tecnologia da ULBRA, em Canoas, Rio Grande do Sul, mantido até o ano de 2010. Mas atualmente encontra-se aos cuidados de um colecionador particular. Na Austrália, o Holden Commodore VT é a décima geração dos Commodores. Projetado em 1997 para substituir a geração anterior do Commodore (VS), que também utilizava por base a estrutura do Omega A. O Commodore VT foi desenvolvido pela Holden utilizando a mesma plataforma do Opel Omega B alemão. Mas possuía design diferenciado e teve sua suspensão dianteira simplificada, perdendo o braço de controle de convergência. A motorização era por conta do robusto Buick 3.8 de seis cilindros em V e comando no bloco (OHV), com 200 cavalos e 30kgfm de torque, aplicados ao câmbio automático 4L60-E de quatro velocidades. A transmissão e suspensão traseira de braços semi-arrastados era mantida similar ao do Omega A nacional, com poucas mudanças.


A segurança era aperfeiçoada, com o uso de airbags e barras de proteção nas portas. Neste modelo, a General Motors demandou da Holden a produção do modelo em versões com a posição do motorista do lado direito e do lado esquerdo também, para viabilizar a comercialização globalizada do veículo. Em 1999, a General Motors do Brasil deu início a importação do Omega diretamente da Austrália. A única versão oferecida seria a de sedã 4-portas. O modelo vendido no Brasil sob nome Chevrolet Omega CD era referente ao Holden Commodore VT australiano. Apesar da Holden produzir uma série de variações do Commodore, entre elas destacam-se as versões esportivas com motorizações V8, a station wagon e utilitários pick-up, a General Motors do Brasil dedicou-se a importar somente uma única versão sedan, a topo-de-linha com motor V6.


Esta geração manteve-se com vários aprimoramentos até o ano de 2007, correspondentes aos modelos VX, VY e VZ lançados na Austrália pela Holden. A saber: Em 2001, um leve retoque deu ao Omega faróis com um novo desenho e grade do radiador deixava de ser bipartida, com um aro cromado interligando os faróis. As grandes lanternas traseiras deixavam de ser unificadas através da tampa do portamalas da versão anterior, passando a serem apenas duas lanternas menores individuais em cada extremidade. Em reforço da segurança, o modelo ganhou um novo sistema de freios ABS Bosch versão 5.3, e passou a ser dotado de airbags laterais. Em 2003, um trabalho de reestilização mais extenso renovou todo o desenho da carroceria e interior. Os projetistas da Holden adotaram um design com linhas mais angulares e retas. O painel era modernizado e com o console com elementos dispostos de formatos mais retangulares e simétricos.


Em 2005 o veículo passou a ser equipado com um novo propulsor, o moderno motor Alloytec 3.6 24V de 254 cv e 35 kgfm de torque, com bloco e cabeçote de alumínio, com duplo comando de válvulas variáveis em ambos os cabeçotes (DOHC combinado ao VVT), coletor de admissão variável, virabrequim roletado e forjado, resfriamento dos pistões a jato de óleo, bielas forjadas, dois sensores de detonação, e ignição direta individualizada. A caixa de marchas também foi substituída pela 5L40-E automática sequencial de 5 velocidades. A segurança ativa tambem foi incrementada, com a inclusão do controle de estabilidade e de tração eletrônicos. Lançado na Austrália em 2006, o Holden Commodore VE é o primeiro modelo Commodore inteiramente projetado na Austrália, ao invés de apenas tomar por base uma plataforma Opel. Com isto, o custo de desenvolvimento deste modelo informado pela GM foi de 1 bilhão de Dólares Australianos. Logo em 2007, a General Motors introduziu este modelo ao mercado brasileiro. A nova plataforma desenvolvida, batizada de Zeta, é maior e mais espaçosa, com maior distância entre-eixos (2,91 m). Trazia aprimoramentos como uma suspensão independente do tipo multi-link, mais sofisticada. O motor é posicionado praticamente atrás do eixo dianteiro, e a bateria fica localizada no porta-malas. Garantindo uma distribuição de peso igual (50%/50%) entre os eixos com um baixo centro de gravidade, melhorando consideravelmente a dirigibilidade.


Inicialmente, o motor e transmissão foram mantidos os mesmos do ainda moderno modelo anterior VZ, equivalente ao Chevrolet Omega B de 2005, mas com nova calibração para melhor rendimento. O desenho deste novo modelo incluia características inovadoras para minimizar os custos de exportação, como por exemplo, um console central simétrico, facilitando a montagem do freio de mão numa posição mais adequada para os países que não fossem de mão inglesa. E as dobradiças do portamalas pantográficas, eliminando o problema das antigas dobradiças intrusivas ao compartimento da bagagem.


É notável que a plataforma Zeta do Chevrolet Omega é compartilhada com carros da GM como Chevrolet Camaro 2010, Pontiac G8 2008-2010, Vauxhall VXR8 2007, Chevrolet Lumina e Chevrolet Caprice, estes dois últimos, conhecidos utilizados como frota da polícia americana. A versão vendida no Brasil, manteve o motor Alloytech 3.6 24V com o moderno câmbio automático de 5 marchas com controle de tração (TCS) e de estabilidade (ESP), tração traseira, suspensão traseira independente four-link, suspensão dianteira MacPherson de duplo pivô, freios a disco com controle eletrônico total (ABS/EBD). Entre outros muitos recursos de segurança, equipamentos e acessórios.


Desde seu lançamento, o Holden Commodore VE (Chevrolet Omega C) ganhou bastante crédito da mídia especializada, recebendo vários títulos e prêmios no Brasil e no mundo. Em 2011, a Chevrolet introduziu uma edição especial com a marca Omega Fittipaldi, em homenagem ao piloto Emerson Fittipaldi, trazendo como novidade o sistema de injeção direta de combustível ao motor Alloytec 3.6 24v SIDI, elevando sua potência para 292 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. E combinado a sua nova transmissão automática 6L50 de 6 marchas de trocas sequenciais, o grande sedã de tração traseira é capaz de ir de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e tem velocidade máxima limitada eletronicamente a 235 km/h. Seus para choques ganharam novo desenho, possibilitando um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,33.


As novidades nos itens de conforto foram poucas, mas vale o destaque para o seu sistema multimídia, com navegação por GPS e conexão com iPod/USB à central com tela LCD sensível ao toque. O acabamento interno diferenciado pelos painéis em dois tons, com e bancos de cor bege nos bancos e de cor preta nas portas. Com a renovação da frota promovida pela General Motors do Brasil a partir de 2012, o sedã Omega teve a sua importação encerrada, deixando a linha sem substituto da mesma categoria no mercado nacional.







DIVERSI-CAR





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